3.4.17

Parir é dor, criar é amor

Vira e volta ouve-se esta frase. Habitualmente, está associada a quem criou alguém, muito embora não o tenha parido. Eu nunca duvidei disto, nunca duvidei do poder do amor. O que eu nunca imaginei foi que a minha experiência como mãe biológica me viesse provar isso mesmo.
A minha filha foi um bebé planeado e desejado. Apesar de não ter gostado muito de estar grávida, criou-se na gestação um vínculo muito especial entre nós. Depois, chegou a hora do parto e, na verdade, eu estava tão focada no meu parto, no meu momento, que poucas vezes me lembrei que ia sair dali com o meu maior amor. Nesse dia, o sentimento não foi de inundação de amor. Aquela cena típica de filme, quando colocam o bebé em cima da mãe e ela chora de emoção não aconteceu. Estava muito feliz, claro, mas a minha primeira preocupação foi colocá-la no meu peito para que parasse de chorar. E parou.
Depois, nas horas seguintes, era evitar incomodá-la ao máximo. Eu não tinha a mínima ideia do que lhe fazer. Estar no hospital foi muito conveniente porque tinha ajuda à distância de uma campainha. Quando viemos para casa, teria que ser eu. E assim foi. O amor estava lá desde a gravidez, mas o amor maior foi-se construindo à medida que eu cuidava dela. E não tenho dúvidas de que cresce exponencialmente. Amo-a mais hoje do que ontem. E amanhã vou amá-la mais ainda. Parir é mesmo apenas dor. Criar é mesmo só amor!
Gosto de chamar cria à minha filha. Primeiro porque não me esqueço da ligação umbilical que já tivemos (e ainda temos), porque fui eu que a fiz, que a criei, e depois porque ela é mesmo a minha cria, porque continuo a criá-la. É quem eu cuido mais e melhor.

A relação biológica é apenas um detalhe que não proporciona amor por si só. O amor está no dia-a-dia, nos banhos, nas trocas de fraldas, na alimentação, nos abraços e beijinhos, nos olhares, nos toques... Por isso, é que muitos filhos gostam mais das amas ou dos avós do que dos pais. Gostam de quem cuida deles.
Hoje sei que, por exemplo, acordar com a minha filha é incomparavelmente mais extraordinário do que foi o meu parto. Acordamos as duas a sorrir, a dar beijinhos, completamente enamoradas. Agora que eu já conheço o amor no seu expoente máximo, já consigo ver no tudo no parto e na gravidez como especial. Foi a minha filha que me mostrou isso. Sinto saudades de estar grávida da minha filha (não de estar grávida novamente), emociono-me com o meu parto (e não vi motivos para o fazer na altura) e até com os partos de outras, como o da Maria Luiza. Chorei, chorei, chorei...
Parir é dor, criar é muito amor!

1.4.17

Os animais e as crianças

Sempre vivi rodeada por animais. Em casa, sempre houve sempre cães e gatos. Eram animais mas também membros da família. Acho que nunca houve um período em que não tivéssemos um animal, por isso, quando constituí a minha família também se tornou imperativo adoptar uns bichinhos. E vieram os dois gatinhos mais lindos do mudo.

Este amor que tenho pelos animais também se reveste de muito respeito. E é isso que pretendo passar à minha filha. Os animais, por muito que achemos que os conhecemos e que são absolutamente inofensivos, são animais e podem reagir a estímulos. Tal como nós, certo?

Acho super fofo e comovente ver bebés a brincar com animais, mas eu nunca consegui expor a minha filha a isso, enquanto era bebé. Não me sai da lembrança um gato siamês que tínhamos em casa. Ele adoptou a minha mãe. Aquele gato era só dela e detestava-me. Eu já devia ter uns 8 anos quando ele me atacou pelas costas. Não suportava ver-me no colo da minha mãe. Também tive um Serra da Estrela que mordeu o meu avô, o seu grande companheiro, deixando-o em bastante mau estado. Qualquer um destes meus bichinhos era adorável, mas houve qualquer coisa que os fez reagir daquela forma naquele momento.
Quando colocamos um bebé ou uma criança pequena junto de animais, sem supervisão, estamos a confiar que vai tudo correr bem e às vezes isso não acontece. Sabemos como são as crianças. Dão gritos, batem, puxam o pêlo, atiram com objectos aos bichos e, na maior parte do tempo, eles aguentam sem pestanejar. Até um dia. Os bichinhos também se assustam e podem reagir. Não vale a pena arriscar.
Com os meus gatinhos, tem corrido tudo bem até agora (com a excepção de um incidente que já explico). Não os abandonei quando engravidei, nem depois da Maria Victoria nascer, nem nunca!! Eles são membros da família. Sobretudo a minha gatinha notou uma grande diferença com a chegada do bebé a casa. A Tonicha dormia ao meu lado. No mesmo lado onde, 2 dias depois de ter saído de casa, acoplei um berço onde dormia aquele bichinho novo. A Tonicha teve de arranjar outro sítio para dormir, sempre perto de mim, mas mais longe da minha bebé. Ela andava sempre por perto e até cheguei a deixá-la dormir no fundo do berço uma vez. Não queria alimentar animosidades. A maior parte do tempo, tinha a minha filha ao colo e a minha gata nas pernas. Sempre as duas perto de mim e nunca sozinhas.





Quando a Maria Victória tinha perto de um ano e meio, estávamos sozinhas em casa e a dormir na minha cama e a Tonicha quis enfiar-se lá. Ela nunca vai para os lençóis, mas como era verão, só tínhamos um lençol a cobrir-nos. A Tonicha ia a passar, a Maria Victória mexeu o pé e a gatinha assustou-se e deu um salto para o ar. Esse salto e as suas unhas valeram um rasgão no pé da minha menina. De quem foi a culpa? Minha e apenas minha. Eu é que criei condições para isso acontecer.
O respeito pelos animais também passa por não os expormos a situações potencialmente perigosas. Nesta fase, temo mais pelos gatos do que pela minha filha. Ela não mede os gestos e às vezes abusa. Não pode e eu não deixo! Mas acho que estão todos a aprender a conhecer-se e a conviver no mesmo espaço. 

Também em casa da minha mãe tínhamos um cão. Era um cão muito especial porque foi um filho para a minha mãe e para mim. O meu Bóris, um boxer adorável, era o bicho mais meigo, sensível e especial que já conheci. Ele tinha acesso à casa toda. Quando a minha mãe saía de casa no Inverno, deixava-lhe a lareira acesa e a TV ligada. Era uma alma pura e linda! Graças a Deus, a minha filha ainda teve a oportunidade de o conhecer e de brincar com ele. Faço questão de alimentar essas lembranças. Mas, ainda assim, não consegui baixar a guarda. Ela só podia fazer-lhe festas com ele acordado. E ele adorava e lambia-lhe as mãos. 

Resumindo, animais com crianças, sim! Sempre! E com responsabilidade também. Estão todos ao nosso cuidado e a precaução nunca é demais.

31.3.17

Pipocas no microondas

Um dos meus snacks preferidos são as pipocas. As que eu gosto mais são as pipocas doces do cinema e também aquelas que fazem nas feiras, cheias de açúcar e corantes. Como isto é terrível para a nossa saúde, costumo fazer umas pipocas alternativas e sempre dá para matar o vício. E é tão simples!! Vejam os passos:

Um recipiente para ir ao microondas. Colocar um punhado de milho para pipocas e cobrir com água quente. Eu temperei com um pouquinho de canela, mas podem colocar o que a vossa consciência permitir. :)

Depois, é só cobrir com película aderente, fazer uns furinhos e colocar no microondas. O tempo varia de acordo com a potência do microondas. Não estranhem se demorar mais do que 5 minutos. É só vê-las estourarem e retirar.

Eu gosto de passar para outro recipiente e comer sozinha enquanto vejo qualquer coisa na TV.

24.3.17

O primeiro corte de cabelo.

Faz hoje dois meses que a Maria Victória foi ao cabeleireiro pela primeira vez. Sim, quase aos três anos. Andava sempre a adiar, a adiar, até um dia. Ainda pensei em fazê-lo eu, mas ainda bem que não me deu para isso.


Ela nunca teve muito cabelo. Começou a crescer já depois de fazer um ano e começaram a formar-se uns caracolinhos apenas atrás. À frente era bastante liso.


Um dia consegui fazer-lhe um rabo-de-cavalo e nunca mais o largou. Ficava tão gira!


Os caracóis multiplicaram-se e o cabelo que nunca me deu trabalho transformou-se na tarefa mais difícil: champô, amaciador, spray para pentear, escovas que não magoam... Ainda por cima um cabelo com toda a tendência para criar rastas... (até que não era nada má ideia...) De manhã era um castigo! O mais fácil sempre foi apertar o cabelo num rabo-de-cavalo e o cabelo mais comprido era mesmo ideal. Mas, como ela tinha aqueles caracóis, só no banho me apercebia do comprimento do cabelo. E teve mesmo que ser porque já era difícil gerir tanto cabelo.


Não foi fácil. Esta menina achava que tinha que me cortar o cabelo também. Então, com a destreza da cabeleireira Carla lá conseguimos arranjar estratégias para a ir mantendo mais ou menos quieta. E também conseguiu cortar-me o cabelo. Adorei o resultado final, ficou mais leve, mais menina e ela também adorou. O cabelo continua rebelde como dantes, mas é muito mais fácil de pentear. Qualquer dia, voltamos lá.

17.3.17

Pais que trocam fraldas

Eu já sabia que que ia receber umas fraldinhas da Dodot, mas não tinha percebido que estava associado ao Dia do Pai. Bem, a mensagem que está no saco deu-me imensa vontade de rir porque, no nosso caso, não podia estar mais errada.

Ora, as necessidades do papá cá de casa não têm nada a ver com fraldas e nem com toalhetes. Esse departamento foi-me atribuído e apenas 3 vezes o papá trocou uma fralda. Sim, 3 vezes em 3 anos. Mas fiquei muito feliz por saber que mais de 80% dos pais de hoje não têm pruridos em mudar fraldas. Cuidar dos nossos filhos ajuda a criar laços profundos, é mais uma forma de amar. E mudar fraldas também é, não tenho qualquer dúvida.


A minha preferência relativamente a fraldas sempre recaiu sobre a Dodot. Experimentei mais 2 ou 3 marcas e, muito honestamente, não vale a pena. Todas deixam muito a desejar. A minha preocupação, nesta fase, é mesmo ter fraldas que aguentem xixis de uma menina de quase 3 anos. Não me posso arriscar a passar a noite a mudar pijamas e lençóis. Para isso, nada melhor que o sistema de tubinhos. Não há fugas e a humidade é muito reduzida. Não há melhor! E eu sei que mães e pais que trocam fraldas também sabem disso.

14.3.17

Carnaval 2017

E este post chega com quase 1 mês de atraso... mil desculpas.

Andava preocupada com a roupa de carnaval para a Maria Victória. Fui aos sites habituais de disfarces para crianças e não encontrei nada de novo. Ela ainda é pequenina, não tem grandes preferências e ainda não faz exigências deste tipo. Ou seja, as decisões sobram
para mim e eu não gostei de nada.

O seu primeiro carnaval viveu-o antes de fazer 1 ano. Comprei um fato de sapo super giro nessas lojas de disfarces. Como ainda não andava, ficou mesmo fofa! Era quentinho e permitia usar a roupa normal por baixo. Giro e barato!


No ano seguinte, ela já gostava muito da Minnie. As Minnies a que tive acesso não eram muito do meu interesse. Nós vivemos em Trás-os-Montes e aqui está frio no Carnaval. Não me apetecia nada vesti-la com uma roupinha de verão, super fininha... Encontrei o que pretendia na RoyalPearalicious. Um fato de Minnie feito em condições e muito original e alternativo. Não vi uma única Minnie igual a esta. Como o fatinho de ovelha do Halloween (Zippy) ainda lhe servia e também era quentinho, usou os dois. Que tal?


Este ano, a coisa complicou-se. Com tanta coisa que faço ao mesmo tempo, não me apercebi que o Carnaval já estava a aproximar-se. Dei uma volta pelos sites de disfarces... nada me entusiasmou. Procurei a Masha e não encontrei em lado nenhum. Nada! A Maria Victória continua a preferir a Minnie, mas eu acho que a Masha tem imensa piada enquanto ela tem este tamanhinho. Além disso, ela é muito parecida com a Masha. Faz de toda a gente gato sapato. Falei com a avó da Maria Victória e ela encarregou-se de mandar fazer o fato. Um fato, convenhamos, que não tem nada que se lhe diga. Ainda não percebi como não se lembraram de vender fatos da Masha. O fato ficou pronto mesmo na sexta-feira de Carnaval. Encomendei um fato de urso de adulto para que o pai fosse o urso, mas ele não achou muito confortável. Tive de recorrer ao urso de peluche lá de casa. Eu adorei o resultado! É uma roupa muito simples e com um impacto visual muito forte. Claro que quem não tem filhos não percebeu aquele fato. Achavam giro, mas não sabiam o que era.

Não está adorável a minha Masha?