26.6.17

Ipsis verbis

- Aquele menino tem uma pilinha?
- Tem, tem uma pilinha.
- O meu papá também tem, mas é muuuito grande.


22.6.17

Solução para a prisão de ventre II

Para além da alimentação saudável que estou a praticar, tenho outro segredo para combater a obstipação.
Já partilhei na minha página do Facebook por diversas vezes alguns artigos que dão conta da forma absolutamente errada como nos sentamos na casa de banho. Quando li pela primeira vez, também fiquei muito surpreendida. Pelos vistos, não devíamos fazer as necessidades sentados, mas sim de cócoras. Na Ásia não se sofre muito de obstipação ou hemorróidas porque eles vão à casa de banho de cócoras. Provavelmente, hoje em dia também já terão sido contaminados pelo modo ocidental de se sentar na sanita, mas a forma natural e correcta de ir à casa de banho será mesmo de cócoras. 

Faz-me lembrar a casa de banho que havia na minha escola primária, que era no chão. E, mais recentemente, as casas de banho de uma discoteca em Chaves que adoptou o mesmo género de sanitas. Convenhamos que era um bocado desconfortável, de saltos, equilibrarmo-nos para fazer um xixi de cócoras. Mas mal eu sabia que aquelas sanitas é que eram as boas! 

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A forma como as sanitas comuns estão concebidas é para nos sentarmos em cima delas e não há muito mais a fazer. Mas, pelos vistos, há. Também li que se colocarmos um degrau sob os nossos pés enquanto estamos na sanita, isso far-nos-á assumir uma posição semelhante à de cócoras e facilitará o trânsito intestinal. Fui logo experimentar, claro. Durante algum tempo, usava debaixo dos pés o que tivesse mais a jeito na casa de banho: o cesto do lixo, o bacio da minha filha... qualquer coisa servia para elevar um pouco os pés. E não é que resultou? Resultou mesmo! Não era lá muito confortável nem estável, mas resultou. Até que encontrei recentemente, numa pesquisa sobre saúde intestinal, o NaturalThrone. E o NaturalThrone não é nada mais do que um dispositivo especialmente concebido para o efeito. Acabaram-se os degraus de improviso e o desconforto. Com este banquinho tenho os pés ao nível desejado, de forma estável, e está sempre arrumado no sítio certo. Eu uso nas minhas duas casas de banho e adapta-se a qualquer sanita, sem ocupar espaço ou afectar a decoração. Quem usar a casa de banho e não quiser usar o banquinho também não fica incomodado porque ele fica mesmo arrumadinho sem perturbar. 



Achei mesmo interessante que uns Portugueses, dos Açores, tivessem tido esta ideia fantástica. Este banquinho já mudou a minha vida. Para os mais cépticos, experimentem elevar os pés com qualquer coisa que tenham aí à mão em casa e depois digam algo, sim?

9.6.17

A primeira aula de Ballet

Acho que as bailarinas fazem parte do imaginário de qualquer menina. Fizeram parte do meu, sem dúvida, mas o ballet clássico ainda não estava tão disseminado como hoje em dia. Ainda bem que hoje qualquer criança pode aceder sem grandes investimentos a um pedacinho de sonho.
A Maria Victória gosta de tutus, dança, diz mesmo que é uma bailarina e faz piruetas. Pensei que o ballet fosse a sua praia e tratei de inscrevê-la para uma aula experimental. Talvez até seja, mas a primeira aula foi um verdadeiro desastre.
Assim que chegou à escola já estava maravilhada com aquele universo! Estava cheia de meninas (e meninos) já equipadas com as suas sapatilhas e tutus e ela adorou! Estava mesmo entusiasmada e conversou com todas enquanto também se preparava.
Entretanto, a professora chegou e levou-a para dentro. Minutos depois, voltou para me dizer que estava muito admirada com o à vontade dela, que não era muito comum. Lá fui eu embora descansada.
Uns 10 minutos depois, ligam da escola a pedir que lá fosse. Fiquei super aflita e corri para lá, porque estava mesmo ao
lado. Estava a chorar e a chamar por
mim porque tinha medo da música. Medo da música da aula de Ballet! A professora pediu-me que visse de onde vinha o trauma, que o trabalhasse e só lá para Serembro deveríamos insistir para ver se tinha passado.
Ora, ela em casa ouve música todos os dias comigo e com o pai. Música alta! Ficamos na sala a dançar os 3 como tolinhos! É certo que está na sua casa, com os pais, mas não seria motivo para ficar aterrorizada com a música.
No entanto, há uns meses, ela foi a um aniversário num daqueles espaços de festas infantis. Depois de eu ter estado por lá mais de uma hora a vigiar, mandaram-me embora, garantindo-me que me ligavam se houvesse algum problema. Quando lá cheguei, ela tinha estado a chorar debaixo de uma mesa e queixava-se do rádio, tinha medo do rádio. No dia seguinte, teve outra festa no mesmo espaço. Andou muito bem, mas a mãe do
menino que fazia anos conseguiu explicar-me de que é que ela tinha medo. Antes de irem cantar os parabéns, ligam a música e umas luzes a simular uma discoteca. Foi isso! Foi disso que ela teve medo!
Na aula de Ballet, provavelmente a música estava no mesmo volume da festa de anos e o eco provocado por uma sala ampla e vazia deve ter sido o mesmo. Foi o catalizador do medo.
Tenho mesmo muita pena que ela tenha tido este problema. Mesmo depois da primeira aula, ela ainda exibia orgulhosa os selos que lhe deram.
Vamos ver se conseguimos superar este medo até Setembro para ver se temos bailarina.

6.6.17

A minha solução para a obstipação

Imagem: Pinterest
Ser mulher é lixado! Há uma série de maleitas que têm mais incidência no sexo feminino e eu já fui premiada com algumas. Uma delas é a obstipação. A minha mãe tem, eu tenho e a minha filha também tem. Porreiro, não é?

Os meus problemas de obstipação já vêm de muito longe, mas pioraram com a idade. Procurava soluções milagrosas e, sobretudo, rápidas, mas nunca tive um trânsito intestinal normal. Os laxantes e outras alternativas instantâneas não são saudáveis e podem até trazer outro tipo de problemas.
Na gravidez, outro facto de risco, a obstipação agravou-se e até ganhei hemorroidas como consequência. Eu tomava farelo, ameixas, Laevolac e, ainda assim, nada!

De novo, não fazia isto de forma regular, por isso não é possível esperar resultados. Simplesmente não vai resultar. A solução é bastante simples: seguir um estilo de vida e alimentação saudáveis. Parece complicado com os nossos ritmos de vida, não é? Pois, parece, mas não é. Assim que começamos a ver o nosso corpo a transformar-se já não temos vontade de regressar à “má vida”.
Eu já segui um estilo de vida muito saudável há uns anos e que me fez perder 10 kg. Durante uns 7 ou 8 anos mantive o peso e não havia sinais de obstipação. Não me custou nada, garanto-vos. Mas depois a vida mais desacelerada, mas mais ocupada, a gravidez e a criança trouxeram-me uma nova realidade. Eu simplesmente não tinha tempo para planear refeições, para beber água, para me exercitar, para cuidar de mim. As prioridades da minha vida mudaram todas: 1º filha, 2º trabalho para sustentar a filha, 3º o resto, 100º eu. Horas a fio sem comer, refeições hipercalóricas, medicação e pouco exercício trouxeram-me de volta os kgs que eu nunca quis e, necessariamente, a obstipação. E como bónus pedras na vesícula.

Até estava a lidar bem com os kgs a mais, mas não consegui aceitar a doença. A iminência de uma cirurgia, o risco de ter uma doença grave, as dores, a possibilidade da minha filha ficar sem mim fizeram-me tomar a decisão. Há mais ou menos dois meses que não toco em açúcar, comida processada, gorduras, refrigerantes, álcool …

A primeira coisa que o meu corpo fez foi desinchar. Depois começou a funcionar como devia.
A solução não é um medicamento xpto, não é aquela fruta esquisita que vem de um país tropical, não é o iogurte ou queijo cheio disto ou daquilo. É muito mais simples e provavelmente até existe no vosso frigorífico ou na mercearia mais próxima. Ah… e é muito mais barato.

Há um guia fantástico que ensina a lidar com a prisão deventre sem laxantes e essas tretas. Para além de uma barriga lisinha, vão conseguir viver mais e melhor. Está cheio de dicas boas e simples, acessíveis a todos.

27.5.17

Mudar de casa

Mudámos de casa há 3 semanas. De lá para cá tem sido uma loucura.
Já mudei muuuuitas vezes de casa. A maior parte delas quando andava na faculdade. Era apenas eu e meia dúzia de coisas. 8 anos, 1 criança, 2 gatos e 3 andares de uma casa cheia de tralhas é outro nível.
Foram dias a transportar coisas de lá para cá e, no dia D, uma empresa de mudanças foi tratar do mais pesado, com ajuda de uma grua. Os gatos esconderam-se durante todo o processo. A criança estava entusiasmada, mas notava-se a estranheza de ver os espaços a ficar vazios. Ao fim do dia, a tarefa terrível de levar os gatinhos para a nova morada. Nesse momento, reparei que me tinham empacotado também a caixinha transportadora e já tinha ido no camião. Só me restava uma que me tinham emprestado para levar os dois gatos e eles recusavam-se a estar no mesmo espaço. Uma foi na caixinha e o outro foi ao colo e solto no carro. Entre arranhadelas e uma fuga, chegaram a salvo à nova casa. Como ainda havia muita confusão e gente estranha na casa, eles ficaram num espaço sozinhos até estarmos só nós. Tinham água e comida, mas ficaram escondidos de tão assustados que estavam.
À noite, a minha filha pediu-me para ir para casa. Expliquei que esta era agora a nossa casa, mas nos dias seguintes ainda se mantinha tudo muito confuso. Se, até este dia, a preocupação era enfiar tudo o que era possível em caixas e sacos... agora, a preocupação era desfazermo-nos dessas mesmas caixas e sacos. Parecia que nunca mais acabavam. Os armários enormes começavam a ficar cheios, mas o chão dos quartos continuava apinhado. Eu arrumava e arrumava e não se via serviço nenhum.
Antes da mudança aproveitei para dar imensa roupa, sapatos, televisões... Durante as arrumações, foram mais 3 sacos. Acredito que nos próximos tempos consiga livrar-me de mais coisas. É um excelente exercício de desapego.
Os gatos, para minha surpresa, adaptaram-se muito bem. Refugiavam-se nos quartos onde tínhamos as nossas coisas e o nosso cheiro e, aos poucos, lá começaram a explorar a casa. Acho que já se sentem bem aqui.
A filhota agora gosta tanto da casa nova que nunca quer sair daqui. Tem sido um castigo... Tem espaço, tem jardim onde pode correr descalça, pode ser mais livre. Tem sido óptimo. E desde que aqui chegou que tem dormido toda a noite. Sim, ao fim de 3 anos consigo dormir uma noite inteira.
Eu tinha muitas, muitas reservas. Sair do centro da cidade e regressar a uma aldeia ao fim de tantos anos parecia assustador. Ir habitar uma casa com mais de 200 anos era esquisito. Não me conseguia esquecer de todas as pessoas que já teriam aqui vivido. Também para mim tem sido uma agradável surpresa. Sinto-me mesmo bem aqui. Tenho vizinhos porreiros e fomos muito bem acolhidos. Já me ofereceram ovos, cerejas, alfaces... E estou a literalmente 5 minutos do centro da cidade.
Espero que consigamos ser felizes aqui.

19.4.17

3 anos de Maria Victória

A Maria Victória fez 3 anos. Já não consigo perceber se passou depressa ou devagar. Foram 3 anos muito intensos, muito felizes, muito esgotantes, muito cheios de Maria Victória. A Maria Victória deixou de ser bebé, apesar de eu lhe chamar bebé e ela gostar de fingir que é um bebé. É uma delícia acordar com ela todos os dias, sempre bem-disposta e feliz. É um privilégio vê-la crescer com saúde, rodeada de gente que a ama,

Este ano, o aniversário calhou na segunda-feira depois da Páscoa. Apesar de andar tudo enjoado com as amêndoas da Páscoa, tinha que haver um bolinho para a princesa. A festa será mais para o fim do mês. No ano passado, o tema da sua festinha foi o Panda e não é que ela quer o Panda outra vez! Logo agora que já tenho tudo preparado para o Mickey e a Minnie virem dar-lhe os parabéns na festa... A solução foi fazer um bolinho simples, com o Panda, só para apagar as velas. Ela adorou tudo! Ela contenta-se com tão pouco e é tão feliz com quase nada... É perfeita!