19.1.17
Tocofobia
Depois dessa mulher ter lido o meu texto, disse que parecia que tinha sido escrito por ela, mas ao longo da conversa que tivemos pude perceber que o caso dela era muito mais sério do que o meu. Ela tinha a minha idade, 38 anos, queria muito ser mãe, já tinha estado grávida, mas abortava sempre. E abortava de propósito, tal era o pânico de estar grávida. Vivia completamente amargurada, culpada e infeliz pelo que tinha feito e com uma série de comportamentos mais ou menos incompreensíveis (enfia-se dentro do armário, cospe a cama toda). Realmente, este caso de tocofobia era muito mais severo do que o meu, mas ainda assim esta mulher sentiu-se felicíssima por ter encontrado alguém que conseguia compreender o seu sofrimento. Confesso que os abortos que ela fez me chocaram, mas eu também não estava no seu lugar. Eu não sei o que é ter o seu sofrimento. Só sei que ela quer muito ser mãe e terminámos a conversa com outro tom. Havia esperança nas suas palavras e uma decisão de ser mãe.
Eu espero tê-la inspirado com o meu pequeno exemplo de superação, se é que lhe posso chamar isso. Superação no sentido de ter conseguido arranjar forças para ter decidido engravidar. O mais difícil é mesmo a decisão porque, no meu caso, tudo o resto foi muito fácil. A gravidez vai-nos dando hormonas que ajudam a enfrentar a gravidez com alegria e felicidade e também fui muito abençoada no parto. Nada traumático! O que eu temia não aconteceu. Se fiquei curada? Não, fiquei. Continuo a recear o medo, mas agora já tenho a vantagem de saber o que uma gravidez e um parto trazem - o maior amor do mundo. Lembro-me de ter uma grande amiga grávida quando a minha menina era ainda um bebé pequenino e eu só lhe dizia, aliviada: "A minha já está fora..." Claro que ela me chamava uns nomes feios na hora, mas eu sentia mesmo pena de ela ter ainda de passar pelo parto.
As pessoas que têm este medo irracional devem procurar ajuda profissional. Se o desejo é ter filhos, acreditem que vale a pena enfrentar o medo. Não se sintam sozinhas!
18.1.17
A RENA GRÁVIDA
17.1.17
Os nossos dias
21.12.16
Vencedora passatempo de Natal
A vencedora do passatempo de Natal é a Marieta Dinis. Muitos parabéns e Feliz Natal!!
14.12.16
Leite anti-obstipação
Volta e meia cá venho eu falar de cocó. Mas só quem tem obstipação ou filhos com obstipação percebe a angústia de não ter um trânsito intestinal saudável.
Desde a última vez, em que falei sobre as maravilhas do Movicol, já descobri uma forma menos drástica e mais natural de regular o intestino da Maria Victória.
Tendo em conta que ela ingere muitas fibras presentes nos legumes e frutas e bebe muita água, não havia muito mais a fazer. O Movicol é óptimo para resolver o problema da obstipação, mas não é o mais indicado para uso diário.
A pediatra falou-me, então, do leite Mimosa Bem Especial Fibras. A Maria Victória tomava o Nan 4, mas a pediatra achou que não havia qualquer necessidade de tomar aquele leite, pois estava a crescer bem e sem problemas de peso. Troquei de leite e a verdade é que, desde que toma o leite Mimosa Fibras, nunca mais passou um dia sem fazer cocó. Aliás, há vários dias em faz duas vezes. Faz sem esforço e já não tem medo de fazer cocó.
Já uma mãe me tinha falado neste leite na página do Facebook, mas infelizmente só lhe dei um pacote e, como é óbvio, não resultou. É preciso insistir um bocadinho e esperar uns 2 ou 3 dias.
Experimentem e digam-me o que acham.
13.12.16
Falta de tempo para escrever
Quando comecei este blogue, fi-lo por mim. Precisava de falar sobre as emoções que a gravidez me estava a trazer. Entretanto, o meu amor nasceu e passei a escrever sobre e para ela. Acho que ela vai gostar muito ler esta nossa aventura.
Depois, fui ficando doente, a minha ansiedade generalizou-se e deixei de sair de casa. Sem entrar em grandes detalhes porque ainda não consigo, a coisa ficou mesmo grave. E precisei de me tratar, por mim e pela minha filha. Houve muito sofrimento, muita luta e muita solidão a enfrentar isto tudo.
Há dois meses, o universo deu-me a oportunidade de trabalhar fora de casa. Faço o meu trabalho habitual durante todo o dia e, ao fim do dia, vou ensinar e acompanhar crianças, algo que não fazia há mais de 10 anos. Acumular dois trabalhos fez-me esquecer da minha ansiedade porque simplesmente não tenho tempo para pensar em nada. Estou sempre a correr, ganhei auto-estima, conheci pessoas novas fantásticas e valorizei muito mais o tempo que tenho para mim e para os outros.
Desde que a minha filha nasceu que só (SÓ) vivi para ela. Tudo ficou relegado para 2º, 3º, 4º plano, inclusivamente eu. E isso não podia ter acontecido. Só agora percebo que eu devia ter-me amado mais e isso não beliscaria jamais o meu amor pela minha filha.
Apesar de andar cansadíssima, ando mais feliz. A Maria Victória fica comigo e com o pai em casa até às 11 da manhã, depois vai para casa dos avós. Faço o meu trabalho e, ao fim do dia, quando já estou cheia de saudades da minha princesa, vou para o segundo trabalho, tomar conta dos filhos dos outros e ensinar-lhes Português e Inglês (e o que puder). Assim que saio, por volta das 7, já só penso em Maria Victória. Todo o tempo é para ela e já não há tempo para o blogue.
Por muito que lamente não ter documentado estes últimos tempos, sei que o mais importante é estar com ela e viver plenamente cada minuto com ela. Quando ela adormece já só me apetece dormir também. Obrigada por continuarem desse lado, apesar da ausência.